Quem foi a artista Judith Leyster

E se pudéssemos olhar nos olhos de uma artista do século XVII como se ela estivesse viva hoje? A inteligência artificial tem nos permitido exatamente isso: revisitar rostos históricos com um realismo impressionante. Um desses retratos é o de Judith Leyster, uma das poucas mulheres a conquistar espaço entre os pintores da Idade de Ouro holandesa.

Leyster foi ativa em Haarlem, uma cidade vibrante no cenário artístico dos Países Baixos. Suas pinturas fogem do tom sisudo comum à época: há sorrisos, gestos descontraídos, músicos em ação, um retrato mais leve da vida cotidiana. Por volta de 1633, ela conseguiu um feito raro para uma mulher de seu tempo: foi aceita na Guilda de São Lucas, associação que regulava a prática artística na cidade.

Apesar do reconhecimento em vida, sua trajetória enfrentou o apagamento comum a tantas artistas mulheres. Por muito tempo, seus quadros foram atribuídos a nomes masculinos mais conhecidos, entre eles, seu próprio marido e também Frans Hals, figura influente na pintura holandesa.

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Foi apenas séculos depois que a história começou a ser corrigida. Uma assinatura escondida sob um nome famoso, revelada durante um restauro, trouxe Leyster de volta aos holofotes. Hoje, sua obra conta com cerca de 35 pinturas reconhecidas oficialmente.

A recriação de sua imagem por inteligência artificial não corrige os séculos de esquecimento, mas é uma maneira de fazer com que sua presença seja vista e lembrada.

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